sexta-feira, 3 de julho de 2009


Natálio Luz
Natálio Luz Aos 76 anos, ator e artista plástico tem vida profissional ativa. O segredo da longevidade ele conta: ter prazer no que se faz
Daniele Gruppi
Repórter
O imigrante italiano, Natálio Luz, veio para o Brasil aos três anos de idade, com a mãe e uma irmã. A família resolveu se instalar no Rio de Janeiro, onde já moravam alguns parentes. Lá viveu a infância e a juventude. Também foi na cidade maravilhosa que começava a sua descoberta para a vocação das artes."Estudava no Colégio José Álvaro, em Vila Isabel, e todo final de ano letivo eram promovidos eventos comemorativos. Havia teatros, sarais de poesia e shows musicais. Tinha uma professora de História da Arte que sempre me convidava para participar das festividades e foi ela quem me mostrou o que era tubo de tinta óleo", conta.Nessa época, Natálio já trabalhava como office boy de uma empresa de despacho, que ficava em frente à Rádio Mayrink Veiga. "Comecei a conhecer o centro da capital carioca todo. Fiquei encantado com Teatro e a Biblioteca Municipal e a Cinelândia. No Teatro Municipal existia um programa chamado Concertos para Juventude, que freqüentava sem ser da "claque" pessoas pagas para aplaudir o espetáculo) e foi onde fiz muitos contato", lembra.Entretanto, não foi a coincidência de trabalhar próximo à rádio e nem as idas ao Teatro que marcaram o seu ingresso para a TV, rádio e teatro. Foi a participação no concurso para novos atores, nos anos 50, em que concorreu com 300 candidatos e ganhou o primeiro lugar. "Fiz a imitação de Rodolfo Maia, grande ator de "As mãos de Eurídice", de Pedro Bloch".A partir do concurso, começou a trabalhar como ator e rádio-ator, no elenco dos novos profissionais da Rádio Tupi e também atuou no teatro. Depois da temporada de quatro peças foi convidado para excursionar pelo norte do estado do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais com um espetáculo, cujo grupo brigou e se desfez em Muriaé.Como a irmã morava em Juiz de Fora, veio para a cidade. "Estava desempregado, com vontade de largar o teatro de lado. Andando pela
rua Braz Bernardino, vi um senhor vendendo uma tenda com quitandas, eu a comprei e voltei a trabalhar. Outra vez uma coincidência, a localização era em frente à Rádio Industrial. Os profissionais estavam lançando o rádio teatro e fui convidado para fazer um teste. Como já tinha experiência, consegui o papel principal".A carreira de Natálio se deslanchou, sendo marcada pelo sucesso. Chegou a dividir palco com grandes atores, como Fernanda Montenegro e Mário Costa (o Costinha) e a fazer cinema. Protagonizou três longa-metragens, sendo que em "Labirinto de Pedra" interpretou Pedro Nava, além de oito curtas. O vasto currículo ainda não parou de ser traçado, pois, aos 76 anos, continua atuando e escrevendo para peças teatrais. "Para estar ativo é só fazer com amor aquilo que dá prazer".Casado, pai de três filhos e avô de seis netos, o artista revela o seu verdadeiro nome: Natalia Chianello. "No teatro disseram que não ficaria bom este nome, porque, no Brasil, Natalia era considerado um nome feminino e Chianello poderia ser confundido com chinelo. Então, colocaram Natálio, no masculino, e Luz veio do político Carlos Luz, que assumiu a presidência do país na saída de Vargas por uns dias, e assim ficou: Natálio Luz".Pintura: um hobbyA pintura na vida de Natálio sempre esteve presente, mas como um hobby. "Pinto desde a minha infância, foi a minha primeira manifestação na arte".Já realizou várias exposições, e a inspiração para as obras ele diz que vem do dia-a-dia "Considero-me um pintor realista, gosto de pintar aquilo que vejo", revela.A pintura mais recentemente é o seu auto-retrato (figura no centro). Olhando-se no espelho, pintou sua fisionomia através do reflexo de sua imagem.Fonte: http://www.acessa.com/
Homenagem aos atores Marcus Marchiori e Marina Loures
OS SERES QUE EU SEMPRE AMEI de Natálio Luz
Os SERES que dão energia ao meu SER
Nesses tempos de tradicional ansiedade,
Surgiram no ápice do querer fazer...
Na celebração do encontro há muito imaginado,
Na esperada euforia de quem sabe poder criar,
Trabalhando outras criaturas de outros seres viventes,
Ensaiando os seus gestuais, incansavelmente...
Recriando emoções consagradas,
Religando intenções muitas vezes esgotadas...
Os Seres que eu amo são artistas...
Seres de múltiplas facetas.
Seres que fazem tudo pra brilhar...
e serem reais no ficcional espaço teatral.
Ser persona dentro da alma de seres existentes.
Ser convincente mostrando o inconsistente,
Além do obtuso, confuso e inconseqüente.
E nessa estranha profusão de coisas e casos
Que acontece como reflexo da vida social,
Emergem os Seres que eu amo...
E dão vida ao turbilhão de vidas em vivências.
Os seres que aprendi a amar
Os mais próximos,
Pelos quais me apaixonei,
Povoam cada segundo do meu ser.
São aqueles especiais chamados atores,
Palhaços, artistas, saltimbancos, jograis,
Pouco importa...
Imagino, não sei porque, nem me perguntem,
tem origem no mar...
Os queridos SERES que renovaram meu ser.
E me deram uma chance de ver...
São, MAR INA: MARINA LOURES
ancoradouro generosoo
de o MAR de MARCHIORI
encosta a força do seu amor.
MARINA LOURES vestibular de Deusa!
mulher de personalidade.
Sensível, perspicaz, determinada...
Faz o que quer com seus pendores.
Humilde, bondosa, prendada,
É minha caçula amada.
Doce “Molunguinha” de mil qualidades...
Agarrou-se a uma chance e aí está a atriz desabrochando.
Fazendo a “Clara” com arte e prazer!
MARCUS é um mar de talento... Impregnado de versatilidade.
Trinta anos de praia em mares generosos navegados!
Nasceu pra isso. Representar, Liderar... é o papel do seu destino...
Ungido pelos Deuses do tablado tem perseguido a perfeição
em todas as coordenadas do espaço cênico.
Sem dúvida, depois da performance do Robson
Será lembrado como um dos grandes da categoria...
Os seres que eu amo vão fazer história...
Porque vieram do verde que há no mar...
O verde da esperança que anima...
Que mima... MARINA E MARCUS.
Marcus Marchiori e Marina Loures
O tom... o som da música que é luz do sol.
Da estrela que ilumina e dá calor a minha alma.
Da flor-da-noite que perfuma o ambiente
e planta alegria no espaço azul da ilusão...
Almas transparentes... Límpidas como as dos santos
queridos: sempre diligentes, inteligentes, delicados,
preparados para apontar o caminho da bonança
que está no universo mágico da cena...
No texto de “Uma chance à Esperança”,
Que é também de Mário Chianello,
Do Allan e suas luzes fantásticas,
Inspirando a disponibilidade fransciscana do Waldir,
Da beleza da nudez absoluta
E da platéia que só tem que aplaudir...

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